Para muitas pessoas, especialmente microempresários, o termo “planejamento estratégico” causa estranheza e já ouvi algumas vezes – equivocadamente – que esse tipo de abordagem é para “empresa grande”.
Pensar modelo de negócio e estratégia é fundamental para qualquer empreendedor que resolve abrir uma empresa ou lançar um produto/serviço. Pensar estratégia é criticar seu negócio interna e externamente, é pensar em finanças, orçamento, preço, público, distribuição, propaganda etc.
Na maioria das vezes as pessoas e empresas agem de forma intuitiva e, na maioria das vezes, o resultado é negativo. Obviamente, que meu intuito neste breve artigo não é trazer uma formação em planejamento estratégico, mas é alertar sobre a importância de fazer reflexões antes de lançar um negócio ou um produto.
Nesse contexto, faço referência a algumas ferramentas que devem ser estudadas e apoiam estas reflexões sobre estratégia. A primeira trata-se da Análise SWOT, criada na década de 60 por Albert Humphrey, que foca em refletir sobre a força e a fraqueza do negócio (como aspectos internos), assim como estudar os riscos e as oportunidades do mercado a ser explorado (como aspectos externos).
Outra ferramenta para pensar estratégia, nesta linha clássica, trata-se do modelo das cinco forças criada por Michael Porter em 1979 . Nessa análise Porter orienta a pesquisar as cinco forças competitivas que irão moldar a estratégia de um negócio, são elas: rivalidade entre concorrentes, poder de negociação (barganha) dos clientes, poder de negociação (barganha) com fornecedores, ameaça ou barreiras de novos entrantes (novos concorrentes) e ameaças ou quantidade de produtos substitutos.
Dentre as ferramentas para estudo de estratégia de negócios mais recentes, a mais utilizada tem sido a Business Model Canvas, proposta por Alexander Osterwalder em 2004. O Canvas deve ser desenvolvido a partir de um quadro que deve responder a quatro questões referentes ao negócio (produto ou serviço), são elas: O que é (oferta)? Para quem (cliente)? Como fazer (infraestrutura)? Quanto (finanças)? Depois, são abordados nove blocos dentro dessas questões que devem sofrer reflexão, são eles: proposta de valor, segmento de cliente, canais, relacionamento, receitas, recursos, atividades, parcerias e custos.
Feitas essas análises, por uma ou mais ferramentas, recomenda-se formalizar as definições em um documento chamado “plano de negócios”. Para este também existem diversos modelos e variações que pautam os tópicos a serem abordados.
Por fim, alerto que a carência de planejamento estratégico está entre as principais causas de fechamento precoce dos negócios de micro e pequeno porte.
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Referências
⇒ Waller, Michael. Lucro. Isto que interessa! Porto Alegre: Ideograf, 2019