Dando continuidade a nossa série de artigos sobre empresas familiares de micro, pequeno e médio porte, abordamos agora a necessidade de profissionalização destes negócios.
Na busca pela profissionalização da empresa familiar e na construção do planejamento sucessório é necessário estabelecer uma série de “novas verdades” a partir de melhores práticas do mercado ou movidas por novos comportamentos sociais.
Algumas crenças da família – firmadas ainda na fase recente de pós-fundação da empresa – são carregadas ao longo da história e persistem quando a empresa cresce ou passa a contar com um maior número de funcionários de fora da família. Mesmo que alguns aspectos da cultura empresarial sejam genuínos e devam ser mantidos – tais como honestidade e ética nos negócios – existem outras questões que acabam por impedir o desenvolvimento da organização.
Contudo, o objetivo aqui é refletir sobre questões comportamentais de impacto na saúde dos relacionamentos familiares e profissionais, mas que naturalmente podem gerar repercussões financeiras no negócio se as mudanças propostas não forem bem administradas.
Dentre algumas ações necessárias para profissionalização desta PME familiar, pode-se citar: a descrição de cargos e salários de cada integrante, a criação de um plano de carreira para os familiares, a separação total das finanças da família e do negócio, a criação de documentos formais que estabeleçam os compromissos dos familiares (quando estes manterem a relação de sócios do negócio), entre outros.
Por mais que a cultura da família e dos negócios entre em convergência em diversos pontos, é essencial a separação de processos e operações de diferentes naturezas para garantir a longevidade da empresa e a preservação dos laços afetivos familiares.