A riqueza de uma cultura organizacional baseada nos valores familiares é vasta e pode ser um aspecto fundamental para muitos profissionais que desejam construir sua carreira em empresas familiares, assim como garantir a longevidade do negócio.

O comprometimento com a imagem da empresa é um dogma dos familiares que fazem parte do negócio e se mistura com a imagem da própria família. São questões relacionadas à autoestima e ao orgulho da família, por isso, são genuínos e verdadeiros.

Este empenho faz com que os integrantes da família estejam dispostos a exercer o auto sacrifício em nome da empresa. Não é incomum ouvir histórias de empresários que deixam de receber remuneração ou pró-labore de suas próprias empresas em momentos de dificuldade financeira, para que estas possam honrar com seus compromissos com funcionários e fornecedores.

Todo este comprometimento, por consequência, transforma-se em um diferencial quando a empresa familiar se dispõe a planejar projetos de longo prazo, deixando-a menos suscetível a instabilidades do ambiente externo, tais como as volatilidades de crises econômicas.

Já em referência às fraquezas das organizações familiares, certamente elas estão relacionadas à questões de informalidades da relação família x empresa e nas indefinições relativas a políticas de sucessão.

As dificuldades de gerenciamento e individualização da propriedade da empresa e da família, assim como uma costumeira fusão entre elas, prejudicam diretamente a gestão financeira da empresa familiar.

A confusão entre os laços afetivos e os laços contratuais é outra característica recorrente, que dificulta a tomada de decisão e, algumas vezes, prejudica a evolução do negócio.

Obviamente, é possível abrir e detalhar inúmeras outras forças e fraquezas típicas de organizações familiares, no entanto, estas são algumas características bastante comuns aos diferentes negócios de micro, pequeno e médio porte e merecem atenção de seus gestores.